Prefeitura de Estrela - estratégia facilitada para motivar mulheres a fazer mamografia


Estrela adota estratégia facilitada para motivar mulheres a fazer mamografia

A partir deste ano os próprios enfermeiros começaram a prescrever o exame nos postos de saúde. Assim, as mulheres não precisam marcar horário para serem atendidas pelos médicos

A Secretaria da Saúde de Estrela quer intensificar a frequência dos exames de mamografia em mulheres entre 50 a 59 anos, principal grupo de risco e a faixa etária que tem maior incidência da doença. Para facilitar o acesso aos exames e motivar as mulheres, aumentou o número de pessoas aptas a prescrever exames nos postos de saúde do município. “Desde o início do ano os enfermeiros estão habilitados para prescrever a mamografia. Antes apenas os médicos das unidades podiam solicitar exames à clínica”, explica a enfermeira Carmen Hentschke. Ela prevê que com a facilidade de acesso e a desnecessidade de marcar consulta médica, o número de mulheres buscando os testes crescerá. A meta é atingir a realização 550 exames até o fim de 2014. “Em 2013, chegamos a fazer 430”. Estrela também criou uma ferramenta dentro do sistema informatizado que alerta a validade do exame do pré-câncer da paciente. “Ao verificar a ficha cadastral, o profissional constatará se ela fez ou não o exame e a orientará a realizá-lo. Na realização do pré-câncer, o profissional já avalia e prescreve a mamografia”.
A Secretaria da Saúde oferece, em média, 80 mamografias mensais: de posse da requisição, as mulheres realizam o agendamento do exame na Secretaria da Saúde, em Estrela. A orientação do Ministério da Saúde é fazê-lo a partir dos 50 anos, uma vez a cada dois anos, até os 69 anos, e sua finalidade é a detecção precoce do tumor. A incidência deste câncer tende a aumentar com a idade e as pesquisas apontam que o maior benefício dos exames de rotina é obtido justamente na faixa etária de 50 a 69 anos. Não significa que mulheres a partir dos 40 não possam fazê-lo. “Existem casos de diagnóstico de câncer anterior aos 50 anos, por isso é importante que elas façam o autoexame e, ao detectarem algum nódulo, consultar o ginecologista ou vir buscar a requisição do exame”, explica Carmen.

Câncer de colo

A Secretaria da Saúde também está empenhada em criar o hábito nas mulheres de realizar o exame de câncer de colo de útero. “Tanto o câncer de mama quanto o de colo de útero são a causa de maior mortalidade entre as mulheres, observa a assessora técnica da Secretaria da Saúde, Débora Martins. No colo uterino há células que podem se modificar produzindo um câncer. Em geral, é um tumor de crescimento lento, e pode não ter sintomas. Por isso, o exame precisa ser feito todo o ano. “Os exames são ofertados nos postos de saúde e é possível evitar tratamentos radicais para tais tipos de câncer que são tumores que mexem psicologicamente com a cabeça da mulher e com toda a família”, salienta Débora. Quanto antes forem detectados, maiores as chances de cura. 
A cobertura das mamografias foi tema abordado entre representantes da Secretaria da Saúde, 16ª Coordenadoria Regional de Saúde e representantes da Secretaria Estadual da Saúde (SES). A SES está dando apoio institucional ao município para que ajude a elevar os índices de testes mamografia.

Exame é rotina

Para a atendente de loja Ivonete Flach (46), os exames para avaliar a qualidade do organismo são rotina. A primeira mamografia ela fez ainda antes dos 40, aos 38 anos. “Possuo uma tia com câncer por isso não descuido.” Todo outubro, ela passar por uma bateria de testes. Afinal, é sempre melhor prevenir do que remediar. “Há o mito de que a mamografia dói. São apenas 30 segundos, até que se tire o raio X da mama. É algo muito suportável, em nome da saúde, vale a pena realizar.”

Matéria e fotos: Andreia Rabaiolli

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