O Problema da Drogadição por Andrea Mussnich


Hoje pela primeira vez vou abordar um tema que assombra muitos lares,nos quais muitos pais não sabem como lidar com a situação: a drogadição. De inicio alguns dados: Segundo a ONU, 243 milhões de pessoas no mundo utilizam de alguma droga, 5 % da população entre 15 e 64 anos. A Organização Mundial da Saúde reconhece a dependência química como uma doença crônica,que causa prejuízo físico,mental e social, tanto para os usuários quanto para seus familiares ou aqueles de seu convívio.·.

São vários fatores que tornam uma pessoa dependente e não só a condição social ou local propicia onde há aceitação do uso de drogas como muitos pensam; a depressão, o transtorno bipolar,distúrbios de ansiedade, esquizofrenia, baixaautoestima,são indicadores de probabilidade para o uso de drogas.

A dependência química é uma doença incurável.O dependente esteja ou não em recuperação,sempre foi e sempre será um dependente. Nesta doença não existe culpado,somente responsável, a culpa termina nela própria, e a responsabilidade começa nela própria.O tratamento começa no reconhecimento do problema, emboraa “negação” seja o sintoma do viciado. E a aceitação que a dependênciaé uma doença é o grande começo.

É fato, a todo o momento, o serhumano é cobrado e influenciado pelo meio social em que vive, e este meio também determina como ele deve agir pensar e se comportar. Se ele fugir as normas sociais consequentemente será punido pela sociedade, com isso a todo o momento o individuo é vigiado por todos e por ele mesmo. Nem mesmo na condição de dependente químico, o individuo se livra do julgamento social, muito pelo contrario; e como não pode mais obedecer ás regras sociais, passa a ser excluído do convício da sociedade.

A família em muitos casos faz parte deste processo de exclusão do doente, muitas vezes por medo, desconhecimentovergonha de ter em seu convívio familiarum doente tido pela sociedade como “drogado”. Sabe-se que as dificuldades e a carga emocional a qual as famílias estão expostas é muito grande,mas é essencial, todo e qualquer apoio nestes casos, sendo de suma importância seu envolvimento e participação durante todo o tratamento terapêutico vivenciado pelo paciente.

A família é suporte, é a motivação para o dependente ir além da sua busca,mesmo quando se quer desistir, ela é um ponto de equilíbrio, é uma partida para um convívio social saudável; já que a busca solitária pela recuperação pode recorrer em muitas recaídas, e até desistência pela recuperação.

A exemplo das historias dos dependentes,pais e mães também precisam vencer barreiras de conceitos,diálogos e ideias pré-concebidas sobre aqueles que amam e que, muitas vezes, sofrem silenciosamente. Por isso a informação é uma importante arma nesta luta.

É normal que a família passe por estes estágios:

*negação* extrema preocupação * desorganização * exaustão emocional * o que podem e devem fazer? * o que não devem fazer? *porque é importante o trabalho de grupo com famílias? *onde procurar ajuda? 

Situações e questões normais em todas as famílias que passam por este processo.

Portanto, apesar de toda a dificuldade que acerca o problema da dependência química e suas implicações no contexto familiar, identificam-se como fator primordial a participação dos familiares bem como a ajuda na manutenção da recuperação. O processo de recuperação deve levar toda a vida tendo como alicerce o fortalecimento dos laços de amor saudável entre dependentes em recuperação e familiares.

Considerando, que a família tem como função a proteção e apoio emocional; cabe aos profissionais que lidam com a dependência química orientar e estimular os familiares, fortalecendo vínculos e facilitando o processo de tratamento do dependente.

Enfim a família no tratamento significa buscar um novo elo entre seus membros. E também um novo estilo de vida, para o dependente e para sua família.

“Ocaminhonovo a seguir é incerto e por isso sujeito a erros.Muitos erros surgirão.Impossível não errar dentro de uma situação tão complexa como essa. Aliás,só não cometem erros aqueles que nada tentam... A todo instante tais erros precisam ser conversados e discutidos entre os membros da família e a equipe de profissional que os assiste.”

Por: Andrea Mussnich

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