Secretaria da Saúde de Estrela-RS - distribui preservativo e orientação para marcar Dia Mundial de Luta contra a Aids


Estrela distribui preservativo e orientação para marcar Dia Mundial de Luta contra a Aids

Folhetos explicam o que é o vírus, atitudes seguras e de riscos. Preservativos também estão sendo entregues no comércio de Estrela

Para marcar o Dia de Mundial de Luta contra a Aids que é lembrado neste 1º de dezembro, as equipes de Saúde estão fazendo ações específicas na cidade entregando preservativos e material informativo no comércio de Estrela. A ação tem como estratégia conscientizar sobre a importância da prevenção e reduzir o preconceito.

O serviço em Estrela

Com aproximadamente 240 pessoas portadoras do vírus HIV cadastrados no Serviço de Assistência Especializada HIV/Aids (SAE HIV/Aids), o município se prepara para ampliar a assistência ao cidadão, por meio de uma linha de cuidado com a pessoa que vive com a o vírus. A proposta prevê a capacitação das duas equipes de Estratégia de Saúde da Familiar nos bairros Moinhos e Imigrantes. O treinamento acontecerá agora em dezembro.

A coordenadora do Serviço de HIV/Aids de Estrela, Maria de Lourdes Oliveira Wermann explica que um dos objetivos é capacitar os médicos e as equipes de enfermagem destes dois locais para que possam dar o respaldo necessário e adequado à pessoas que buscam o tratamento . “Essas duas unidades de Estratégia de Saúde da Família estarão sendo preparadas para o cuidado integral às pessoas que vivem com HIV/Aids em suas áreas de cobertura.” A meta é intensificar a descentralização dos serviços, para que as pessoas possam receber atendimento em suas áreas de saúde e não apenas no Serviço Especializado. “Estrela é um município estratégico dentro da prevenção, assistência e tratamento do HIV/Aids. O Estado está investindo para descentralizar o tratamento e capacitar os profissionais para fazer a assistência devido à alta incidência de pessoas com HIV/Aids no Rio Grande do Sul que está acima da média nacional”, informa Maria de Lourdes. Com isso, as equipes da Atenção Básica em Saúde e as duas equipes de Saúde da Família, poderão zelar pela saúde do paciente portador do vírus, prescrever medicamentos e acompanhá-lo na sua unidade de saúde.

Atendimento

O Serviço Especializado em HIV/Aids de Estrela atende pessoas de dezoito municípios e, atualmente, 167 pessoas estão em uso de medicamentos antiretrovirais. Maria de Lourdes observa a faixa etária dos usuários que estão em uso de terapia antiretroviral e preocupa-se: a maior porcentagem dos usuários de medicamentos está acima dos 50 anos. “Das pessoas que tomam medicação, 33,33% estão acima de 50 anos e são do sexo masculino. Muitos homens dessa faixa etária se consideram imunes, acreditam que com eles não irá acontecer.”
A Aids não tem cor, idade ou classe social. Por isso, o foco do SAE Estrela é preparar a mente das pessoas para a conscientização. Com informações na imprensa, em rádios e jornais, a tentativa é sensibilizar contra o preconceito. “O vírus ainda é considerado como algo de gente pobre, feia e promíscua. Não é tido como uma doença que pode atingir qualquer pessoa e, a idéia é que, é sempre com o outro que acontece.”
Reduzir o preconceito é essencial para que as campanhas que já são muitas possam obter êxito no combate ao vírus. Além da preocupação com a terceira idade, o SAE também quer a prevenção nas pontas. Maria de Lourdes acentua que é preciso que as gestantes iniciem o pré-natal precocemente, no máximo até o segundo mês de gestação. Quanto aos papais, deveriam ser proativos e buscar o serviço para realizar os testes nesta fase importante da vida. “O homem acredita que se a companheira fizer o exame e der não reagente, não terá o vírus, algo que não é verdade porque ele pode ser portador do vírus. O que está em risco é a vida do bebê.”

Fique por dentro
- Em todas as unidades básicas de saúde de Estrela é possível fazer o Exame anti-HIV, Sifilis e Hepatites Virais. O exame é gratuito. Não precisa solicitação médica ou jejum. Basta levar o RG e o cartão SUS.
- Fazer o exame é de extrema importância porque a maioria das pessoas carrega um histórico de vida sexual. Saber o diagnóstico permite começar o tratamento no momento certo e ter qualidade de vida
- Mães soropositivas podem aumentar as chances de ter filhos sem HIV se orientadas corretamente e seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto

Matéria e foto: Andreia Rabaiolli

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