Estrela-RS - primeiros anos - 1856/1900

Estrela-RS - 1856 a 1900

Nasce uma Princesa

Estrela - primeiros anos - 1856/1900

A fundação do município de Estrela deve ser situada em 1856, época em que começou a colonização em terras de propriedade do Coronel Vitorino José Ribeiro, colonização essa constituída no fundamental, de pessoas de origem germânica. A esta colônia que se deu o nome de Estrela, seguiu-se a de Teutônia, criada dois anos depois por Carlos Arnt, ambas pertencentes ao município de Taquari.

Em 1862, a população ainda é pequena: 317 habitantes com 234 brasileiros, 77 alemães, 5 dinamarqueses e 1 francês. Mas em 18 de fevereiro do ano seguinte já se inaugurava uma capela evangélica na picada de Novo Paraíso. Em 1865, a colônia já tinha uma produção variada: feijão, mandioca, centeio, trigo, milho, batatas, etc. As primeiras indústrias foram de manteiga e banha de porco. A exportação destes produtos fazia-se através do Rio Taquari, em Estrela ou por o Porto dos Barros. A 30 de setembro de 1871, começou a funcionar a primeira escola para rapazes, criada por Lei provincial 771, de 4 de maio do mesmo ano.

Em 1872 o coronel Vitor de Sampaio Mena Barreto, grande proprietário de terras, fundava o povoado, sob a invocação de Santo Antônio. Logo após chegaram os Ruschel, família numerosa e dinâmica que lançaria as bases da indústria e comércio locais. Miguel Explorou casa comercial e o hotel Ruschel. Comprou extensas áreas de terra que explorava e colonizava e estabeleceu uma linha de navegação fluvial no Rio Taquari.

A 2 de abril de 1873, a Lei nº 857 criava a Freguesia de Santo Antônio da Estrela, que se desmembrava assim da de São José do Taquari. Neste mês ainda criavam-se duas escolas masculinas e uma feminina. Em 24 de agosto o Padre Francisco Schleipen celebrava a primeira missa. Em 1874, a área da freguesia era aumentada com a incorporação do território à margem direita do Rio Taquari (municípios de Lajeado, Arroio do Meio, Encantado e parte de Guaporé).

Finalmente pela Lei nº 1.044, de 20 de maio de 1876, no governo do Conselheiro Tristão Alencar Araripe, criava-se o município de Estrela. Seis anos após foi instalada a Vila, isto é, em 21 de fevereiro de 1882, sob a presidência de João Caetano Pereira. Este deu posse aos primeiros vereadores eleitos: Henrique Theodoro Rohenkohl, Patrício Antônio Rodrigues, Jorge Carlos Lohmann, Tristão Gomes da Rosa, Miguel Ruschel, Bento Manoel de Azambuja e Luis Paulino de Morais.

Em 1881, separava-se de Estrela, para formar município à parte, o território de Lajeado.

Em 1884, chegava a Estrela, Bruno Schwertner, construtor de relógios para edifícios públicos e igrejas.

Em 1888, concluía-se a estrada de rodagem para Conde d’Eu (Bento Gonçalves).

Em 18 de outubro de 1892 é Reorganizada através de Lei Orgânica Municipal a antiga fazenda Teutônia, que passa a ser 2º Distrito de Estrela e denominar-se Pinheiro Machado.

A Proclamação da República foi entusiasticamente recebida pela população da vila, que saiu para as ruas dando viva a Deodoro, Benjamim Constant e outros. A 15 de novembro de 1891 elegeu-se o primeiro Conselho Municipal no período republicano, e cuja composição era a seguinte: Julio May, Jacob Schenck, Henrique Arnt, Nicolau Gerhardt, João Ubaldo Nery, Miguel Ruschel e Jacob Wiedt. Elaborou-se então a primeira Lei Orgânica do município e nomeou-se o primeiro intendente, Joaquim Alves Xavier em 18 de outubro de 1892, que governou apenas por sete meses, abandonando o cargo em razão da Revolução Federalista. Foi nomeado então Pércio de Oliveira Freitas, subintendente do 1º Distrito em 26 de maio de 1893.

Em 15 de outubro de 1896 realizaram-se eleições municipais sendo escolhido Pércio de Oliveira Freitas que permaneceu na administração até 1900. Em 1900 a população de Estrela era de 15.923 habitantes. O município prosseguia, desenvolvendo-se. Em 15 de outubro é eleito o intendente Francisco Ferreira de Brito.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos

Fonte: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros – Publicação Comemorativa de 3º aniversário do governo do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira de 1959 e Anuários da Nação de 1945 e 1947 com exemplares no acervo da Aepan-ONG.

Divulgado no Jornal Folha de Estrela e site http://www.nossadica.com.br/

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