Estrela-RS - Educação (1856 - 1926)

Estrela-RS - Educação (1856 - 1926)
Estrela-RS - Educação (1856 - 1926)

As experiências educacionais iniciaram logo após a chegada dos primeiros imigrantes alemães a colônia, em 1856. Os imigrantes pagavam professores particulares para ensinarem seus filhos a lerem e escreverem. Eram aulas residenciais. Mais tarde, em 30 de setembro de 1871, começou a funcionar a primeira escola para rapazes em Estrela, criada por Lei provincial de n° 771, de 4 de maio do mesmo ano. Em 1873, o projeto de lei n° 58, de 14 de abril criava as seguintes aulas na freguesia de Estrela: Sexo masculino – Teutônia, Conventos (Roca Sales) e Novo Paraíso. Sexo feminino: povoado  na Vila, tendo o projeto subido a sanção sob n° de lei 909, em 30 do mesmo mês e ano. Em 1877, em de 6 de abril,  os moradores de Estrela solicitam a Assembléia Provincial a instalação de mais duas aulas, uma masculina e outra feminina.
Com ansiedade esperava-se o dia 11 de janeiro de 1898, dia marcado para vinda das irmãs franciscanas, que depois de grandes dificuldades enfrentadas na viagem são recebidas com festa em Estrela. Poucos dias depois, no dia 16 de janeiro de 1898 iniciou as aulas no Colégio Santo Antônio.
Em 1904 funcionavam em Estrela, 30 aulas com 1.251 alunos matriculados. Em 1910 funcionaram no município 58 aulas, com  matrícula de 2.281 alunos. Em 1911 cria-se uma aula masculina em Picada Grande e outra em Roca Sales e aula mista na Picada Delfina.
Segundo livro “O Colégio Martin Luther na História Estrelense”, o surgimento da Escola está diretamente ligado à fundação da Paróquia em 1904, confirmando a tendência teuto-riograndense:  à tríade comunidade paróquia e escola. As aulas iniciaram agosto de 1904 conforme Livro de Atas n° 01, CEE.
Em 1912 a instrução primária é contemplada com mais uma subvenção de RS.6:000$000 concedido pelo governo do Estado. O intendente Pontes Filho, ampliando o ensino cria por ato n° 242, de 29 de janeiro, as seguintes aulas mistas: Figueira, Glória, Boa Vista, Picada Grande, Picada Major Bandeira, Picada Welp, Picada Berlim, Linha Ernesto Alves, Fazenda Lohmann e Linha João Abott. No mesmo ano o número de matrículas chegava a 2.311.
Em fins de 1916 existiam no município 67 aulas, sendo: Estaduais, 6; Subvencionadas pelo município, 3; Subvencionadas pelo Estado, 17; particulares subvencionadas pelo município, 20; particulares não subvencionadas, 21. O número de matrículas checava a 2.627 alunos de ambos os sexos.
Por decreto do Governo do Estado n° 2.525, de 15 de março de 1920, foi criado na Vila de Estrela, o Colégio Elementar Sete de Setembro. No dia 29 do mesmo mês e ano, o Colégio foi inaugurado, assumindo a direção Anna Rosalina Paes. Contava ainda com professores: Valéria Mecking, Diva Rosa de Azambuja Pontes e Idalina Porto.
Em 1923 por ato n° 10 de 30 de junho, foram criadas pelo Intendente Pontes Filho três aulas municipais: Picada General Canabarro, Linha Fernando Abott e Arroio da Seca. O ato n° 38 de 13 de julho do mesmo ano cria duas auls: Glória e Posses e o ato n° 56 de 27 de agosto, cria aula em Linha Borges de Medeiros.
Em 1925 existiam 71 aulas, sendo: Colégio Elementar Sete de Setembro mantido Estado; 13 aulas federais contratadas; 13 aulas municipais subvencionadas pelo Estado; 11 aulas municipais mantidas pelo município; 13 aulas particulares  não subvencionadas e 18 aulas particulares subvencionadas pela municipalidade.  O número de  matriculados neste ano foi de 2.825 alunos.
         No ano do Cinqüentenário de Estrela (1926) – O Colégio Elementar Sete de Setembro, localizado na Vila tinha como diretora Rita Ribeiro de Almeida e Silva, Professoras: Idalina Porto, Mathilde Butler Maciel, Edith Cornehls e Jenny Martins Ribeiro.

         Professores federais em 1926 e respectivas localidades: Adolfina Fischer, Novo Paraíso; Joaquina Azevedo Porto, Porto da Areia; Idalina Lourenço, Vila Zimmermann; Felisbina Junqueira, Linha Marechal Floriano; Fernada Freitas: Linha João Abott; Maria Olympia Maioli, Roca Sales, Alcinda da Costa Leite, Linha Marechal Hermes; Juliana Pontes, Linha Marques do Herval; Maria M. Thompson Freitas, Linha Fernando Abott, Maria Carolina Peres, Linha Nova; Andradina Laura Machado, Linha Marechal Hermes; Judith Porto, Beija Flor e Maria Paraná Hessel, Seca Baixa.

         Professores municipais em 1926 – e aulas subvencionadas pelo Estado: Anna Izolina Mendes, Posses; Olinda Simeoni Oppermann, Arroio do Ouro; Francisco Scheibler, Picada Geraldo; Reinaldo Bach, Picada Germano; Henrique Dreyer, Picada Boa Vista; Francisco Widner, Linha Marechal Deodoro; Judith Gomes Pereira, Linha Rio Branco ou Mariano; Alberto Schmitz, Linha Júlio de Castilhos; José Langen, Linha 31 de Outubro; Theobaldo Dick, Picada Welp; Arnoldo F. Knewitz, Picada Clara; Carlos Zang, Picada Schmidt e Josephina Azevedo Flores, Chácara do Norte em aula isolada do Estado.

         Professores municipais e localidades em 1926: Jacob Marmitt II, Porongos; Theodolina Gregory Schmidt, Picada Delfina; Frederico Pedro Haeting, Picada Canabarro; Jacob Eggers Sobrinho, Picada Catarina, Carlos Otto Weinbrenner, Fazenda Lhomann; Felisbina Olívia Mendes, Linha Borges de Medeiros; Helena Barrili, Linha Brasil; Luiza Alzira de Borba, Linha Parobé; Pedro Salminger, Arroio Augusta; Mathilde Rohde, Linha Ernesto Alves; Francisco Martins Hanning, Arroio da Seca.

         Professores particulares em 1926 e aulas subvencionadas pelo município:  Colégio Santo Antônio localizado na Vila e dirigido pela Irmãs Franciscanas; Colégio Paroquial, dirigido pelo cidadão Max Grachten; Colégio Evangélico, dirigido pelo cidadão Ernesto Dietsch; Nicolau Theobaldo Hoss, Picada Boa Vista; Pedro Albino Sulzbach, Picada Lenz; Antônio Werner, Picada São Jacó; José Guth, Picada Glória; João Bohner, Arroio do Ouro; Otto Grumann, Picada Boa Vista; Germano Holm Filho, Picada Major Bandeira; Jacob Haeflinger, Linha Júlio de Castilhos; Guilherme Sommer, Beija Flor; Alfredo Rex, Picada Ano Bom; Antônia Wiersch, Corvo; Carlos Winkel, Picada Leopoldina; Frederico Guilherme Feldmann Sobrinho, Picada S. Martins; Reinoldo Henning, Picada Olavo Bilac.

         Professores Particulares em 1926 e aulas não subvencionadas: Theobaldo Hoss, Novo Paraíso; Pedro Jorge Schmidt, Picada Delfina; Henrique Dreyer, Picada Catarina; Josephina E. Brust, Pinheiro Machado; Bernhard Gutsohwager, Picada Poço;  Erna Winkel, Picada Leopoldina; Jonathan Striebel, Corvo; Bernhard Gutsohwager, Corvo; Arnoldo F. Knewitz, Picada Clara Funda; Henrique Driemmeyer, Picada Schmidt, Reinoldo Konradt, Picada Harmonia; Alfredo Schneider, Picada Harmonia e Guilherme Adelmann, Picada Almirante Barroso.
        
Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fonte: IBGE, Álbum do Cinqüentenário, Poliantéia Franciscana de 1947 e Livro dos 100 do Colégio Martin Luther. Imagens de livros didáticos do início do Século XX - Acervo do Memorial da Aepan-ONG. Matéria divulgada no Jornal Folha de Estrela – Coluna Histórias da Nossa História.

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