Experimentações do Civitas em Estrela no ano de 2012


Experimentações do Civitas em Estrela no ano de 2012
Uma das formas de podermos conhecer o Civitas é percebê-lo como uma proposta de formação de professores que se fundamenta na problematização da prática cotidiana da sala de aula, no processo de invenção, imaginação, produção escrita vivenciando a autoria numa relação ética. Além desses pontos destacados para entendermos mais sobre a proposta somente vivenciando, experimentando, compartilhando com os alunos e colegas as infinitas possibilidades que o projeto possibilita.
No decorrer desse ano a formação foi estendida para os grupos de professoras dos primeiros anos, educação infantil, coordenadoras e diretoras de EMEIs, além dos quartos anos e coordenadoras de EMEFs que já participavam do projeto desde o ano de 2010 quando o projeto iniciou no Município.
A proposta de formação de professores aconteceu mensalmente, com encontros para cada grupo de professores, por turno, em que estudamos e discutimos relações éticas em situações do cotidiano da sala de aula e escola; a produção e uso de imagens como possibilidades de aprendizagem; as narrativas a partir de imagens, experimentações produzindo invenção e autoria. Esses temas foram trabalhados fazendo relação com os conteúdos e objetivos do currículo de cada ano escolar para que as professoras utilizassem a metodologia proposta como mais uma alternativa metodológica para tornar sua prática mais voltada para o universo infantil com espaços para aprendizagem que possibilitassem a manifestação das crianças trazendo seus relatos de vida e, principalmente dando vazão a imaginação, fabulação e criatividade inerentes a essa idade escolar que em muitas situações tem pouco espaço para emergirem na escola.
Os encontros são coordenados pela professora Maribel Susane Selli, Mestre em Educação e Pesquisadora UFRGS/CNPq, Félix Singo Pós Doutorando em Educação, professor da Universidade Pedagógica de Maputo - Moçambique coordenador do Projeto Civitas Pró-África naquele país, Camila Camargo Prates, Mestranda em Educação PPGEDU/UFRGS e Candice Kipper Klemm, Doutoranda em Informática na Educação PPGIE/UFRGS, todos integrantes do grupo de pesquisadores do LELIC - Laboratório de Estudos em Linguagem e Cognição/PPGEDU/FACED/UFRGS. www.lelic.ufrgs.br
Considerando os diferentes sentidos produzidos pelas relações entre os pesquisadores/participantes/professores/alunos ousaríamos dizer que o Civitas não tem UMA definição, mas muitas, pois de acordo com a vivência, história, concepção de cada um e cada um desses integrantes se produzem diferentes sentidos e compreensões. Isso acontece porque tendo como referência metodológica a interação dialógica cada um e cada uma dos envolvidos são respeitados e considerados no desenvolvimento do projeto e como ele acontece em diferentes cenários vividos por diferentes protagonistas produz acontecimentos que podem ser semelhantes, mas nunca se repetem mesmo sendo desenvolvido pelo mesmo professor, o que o faz um projeto com muitas formas de ser entendido e definido.
Isso é tudo que o Civitas pode ser com suas nuances, emaranhados, produções, emoções, criações, relações, sentimentos, aprendizagens, memórias, isso, memórias, que se eternizam, pois as crianças que até então viveram essa experimentação seja na invenção de cidades imaginárias seja de um personagem jamais esqueceram ou esquecerão os momentos vividos nessa invenção, pois foram atores e autores desse mundo onde o inusitado e a emoção moviam seus pensamentos e aprendizagens.



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