ABCS - Estrela-RS |
ABCS – Associação Brasileira dos Criadores de Suínos
56 Anos ao lado do criador de suínos no Brasil
Localizada no Parque 20 de maio em Estrela-RS, a ABCS foi fundada em 13 de novembro de 1955 e reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio pela Portaria nº 1.304 de 21 de dezembro de 1956. A Associação tem por finalidade congregar os criadores de suínos de todo o país, e promover o melhoramento sistemático zootécnico dos rebanhos, mantendo registro genealógico de todos os suínos do Brasil. A ABCS teve grande incentivo do prefeito de Estrela-RS Adão Henrique Fett (1952-1955 e 1964-1968), fato reconhecido no histórico da entidade, em matéria de revista especializada do setor.
Já em 1958 se realizava em Estrela a primeira Exposição Nacional de Suínos e a II Távola Redonda dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul, de 15 a 17 de novembro. O prefeito Municipal de Estrela de então Aloysio Valentim Schwertner (1956-1959) afirmou naquela época que o evento seria um marco indelével na memória e no pensamento de todos criadores de suínos, como um motivo de progresso e desenvolvimento da suinocultura riograndense e brasileira.
A suinocultura da década de 50 era voltada para o mercado interno, principalmente para região Sudeste. Basicamente carcaça e banha. Naquela época os suinocultores eram chamados de safristas. Com o surgimento da ABCS, uma nova fase é inaugurada, onde os criadores estavam reunidos e representados politicamente e a Associação caminhava para profissionalização da produção. Outro avanço significativo foi a construção da sede em Estrela, no Parque 20 de Maio em terreno doado pela prefeitura municipal.
As décadas de 60 e 70 seriam chamadas “As décadas do melhoramento genético”, a de 80 seria conhecida como “Mercado e sanidade”, nos anos 90 a história seria “Migração, tecnificação, e busca do equilíbrio oferta X demanda”, e o século XXI chegou com o apelo “Pensar global e agir local: meio ambiente fator de sobrevivência”.
Houve grandes desafios para o setor ao longo do tempo. Um exemplo foi entrada dos óleos vegetais no mercado. Quando surgiram as grandes processadoras de oleaginosas, pressionando para colocar seus produtos nas gôndolas do comércio brasileiro, criando uma série de desvantagens em torno da banha suína. Por força do novo desafio, o setor teve que correr contra o tempo. A genética teve que produzir um animal conforme a nova exigência do consumidor, ou seja, um animal com mais massa muscular, mais carne e menos gordura.
A agroindústria passou a exigir um animal com 70% de traseiro e 30% de dianteiro. A camada de gordura que era de 60 a 70 mm e apenas de 16 de proteína, na década de 60, caiu para 28 a 30 mm na década de 80 e hoje é de apenas 8 a 10 mm com 26% o nível de proteína na carne do suíno.
Hoje, a moderna suinocultura industrial brasileira é um dos setores mais dinâmicos da nossa produção animal, com tecnologia padrão mundial e a ABCS está presente na construção dessa história.
Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fonte de dados: “pork world – A História da Suinocultura Brasileira - Especial 50 anos da ABCS” e “Especial sobre o município de Estrela 1958” ( Os dois documentos constam no Acervo da Aepan-ONG). Imagens: Acervo Aepan-ONG.
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