Editorial:
O Rio Grande do Sul está comemorando 140 anos da chegada dos imigrantes italianos. Especialistas na fabricação de vinhos, eles transformaram o Sul na maior região produtora do país. Foi em Nova Milano, distrito de Farroupilha, que chegaram os primeiros imigrantes italianos no estado, com muito trabalho, mesa farta e a alegria das músicas.
Quem hoje se encanta com as belezas, a prosperidade e a cultura da Serra Gaúcha talvez nem imagine as dificuldades enfrentadas por esses imigrantes. Em 1861, a Itália, até então dividida em reinos, com moedas, sistema político e línguas diferentes, foi unificada. Os impostos aumentaram e o desenvolvimento da indústria prejudicou os agricultores.
A vida no campo já não rendia mais como antes e a falta de tecnologia tornava as terras cada vez mais desgastadas e improdutivas. A solução para fugir da miséria era deixar o país e, no imaginário italiano, o Brasil era a terra da fartura, com rios de vinho e montanhas de ouro.
Antes de vir para o Brasil era preciso fazer uma longa viagem na Itália. Dependendo do lugar, as famílias levavam até cinco dias para chegar até a estação de trem mais próxima, rumo ao porto de Gênova. De lá, as viagens de navio até o Brasil duravam 40 dias e as condições eram péssimas.
Para entrar no Brasil, os italianos precisavam ter bons antecedentes e, de preferência, serem agricultores. Essas pessoas tinham um limite de idade, que variava dos 20 aos 35 anos.
Foi essa gente trabalhadora que transformou uma terra que só tinha mato e pedras em uma região próspera e rodeada de parreirais. Os vinhedos do tempo da colonização deram lugar à modernidade o que garantiu à Serra Gaúcha o reconhecimento de maior produtora de vinhos, sucos e espumantes do país.
Na região também está um dos principais polos metalmecânico do Brasil, que orgulha este povo trabalhador, que construiu lindas cidades e que sabe receber tão bem.
No Vale do Taquari, mais precisamente em Estrela, a presença dos italianos é marcante. Contribuíram grandemente para o desenvolvimento do município que tem predominância a descendência alemã. O convívio entre as duas etnias é saudável.
Os italianos estão organizados na Società Italiana Fiori Dei Piani, cuja história e atividades estão sendo contadas através de uma Exposição do Memorial da Aepan-ONG, e neste caderno especial do Jornal Folha de Estrela, mostrando a trajetória da Imigração Italiana.
A referida exposição está na Prefeitura Municipal de Estrela-RS, podendo ser apreciada até o dia 25 de julho. Após, segue para Câmara de Vereadores onde permanece a disposição para visitação até 6 de agosto de 2015.
A mostra intitulada ¨140 Anos da Imigração Italiana no Rio Grande do Sul - 1875-2015 " conta com apoio cultural da Governo de Estrela, Câmara de Vereadores, Società Italiana Fiori Dei Piani, O Paladino, Jornal Folha de Estrela e Rádio Studio FM 98.3.
Fonte de pesquisa e fotos utilizadas para realização do Caderno Especial do Jornal Folha de Estrela e Exposição da Aepan-ONG: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Livro Estrela - Ontem e Hoje do professor José Alfredo Schierholt, Società Italiana Fiori Dei Piani, entrevista com o Sr. Lucio Tales Bellini e Acervo do Memorial da Aepan-ONG.
Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Exposição homenageia os 140 anos da imigração italiana no RS
Uma exposição organizada pelo Memorial Aepan-ONG, que pode ser visitada na Prefeitura de Estrela, homenageia os 140 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul. Conforme o diretor da entidade, Airton Engster dos Santos, por meio de fotos e registros históricos é apresentado um resgate da imigração no Brasil e no Estado, onde os italianos chegaram no ano de 1875.
A exposição também apresenta informações sobre a história das famílias de origem italiana no município de Estrela. Embora de colonização predominantemente alemã, há registros de que os primeiros descendentes de italianos chegaram à cidade há muitos anos. As tradições são cultivadas principalmente através do trabalho da Società Italiana Fiori Dei Piani, cuja história também é apresentada na exposição, com diversos registros fotográficos.
A entidade foi fundada em 4 de maio de 1994, com o objetivo de resgatar a cultura e tradições dos imigrantes. Conforme o presidente Darlã Bellini, possui cerca de 370 associados e entre as atividades que realiza estão o tradicional filó, que ocorre nesta sexta-feira (10). A sede, na localidade de Santa Rita, é o local onde ocorrem as programações e eventos sociais, culturais e esportivos promovidos pela sociedade.
Bellini ressalta que iniciativas como curso de danças típicas e o coral - que conta com 25 integrantes – as quais mantém vivas as tradições dos antepassados. Além disso, três vezes por mês são promovidos eventos de tiro ao prato, com a participação dos associados e de outros clubes de tiro. A gastronomia italiana é outro destaque entre as iniciativas da sociedade, com pelo menos cinco ou seis eventos por ano.
A exposição permanece na Prefeitura de Estrela até o dia 25 de julho, podendo ser visitada durante o horário de expediente. Depois irá para a Câmara de Vereadores, onde ficará até o dia 6 de agosto.
Texto: Paulo Schneider
Imigração Italiana no Brasil:
Introdução
Os primeiros imigrantes italianos começaram a chegar ao Brasil na década de 1870. Porém, foi entre as décadas de 1880 e 1910 que houve o maior fluxo de italianos para o território brasileiro, principalmente, para as regiões sul e sudeste do país.
Por que os italianos vieram para o Brasil
Grande parte dos italianos que migrou para o Brasil eram de origem humilde, principalmente de regiões rurais da Itália. O Brasil era visto como uma terra nova, repleta de oportunidades. Vale lembrar que a Itália passava por uma crise de emprego na segunda metade do século XIX, gerada, principalmente, pela industrialização do país. O alto crescimento populacional não foi acompanhado pelo crescimento econômico do país e pela geração de novos empregos, fazendo com que muitos italianos optassem pela vida em outros países (Brasil, Estados Unidos, Argentina, França, Suíça, entre outros).
Se por um lado a Itália tinha muitas pessoas querendo buscar trabalho em outros países, o Brasil necessitava de mão-de-obra. Após a Abolição da Escravatura (1888), os agricultores optaram pela mão-de-obra de origem europeia, ao invés de integrarem os ex-escravos ao mercado de trabalho. O próprio governo brasileiro fez campanha na Itália para atrair esses italianos para o trabalho na lavoura brasileira.
As colônias italianas no Brasil
Grande parte das colônias italianas se concentrou nas regiões sul e sudeste do Brasil. O estado de São Paulo foi o que mais recebeu imigrantes italianos que foram trabalhar nas lavouras de café e também nas indústrias da capital do estado.
Já no sul do país, estes imigrantes se concentraram, principalmente, na região da Serra Gaúcha. Muitas colônias italianas foram criadas em cidades como, por exemplo, Bento Gonçalves, Caxias do Sul e Garibaldi. A cultura de uva para a produção de vinho foi a principal atividade econômica realizada por estes imigrantes.
Os empreendedores
Alguns italianos chegaram ao Brasil dispostos a criar pequenas empresas e prosperar na nova terra. Vendiam o que tinham na Itália e investiam no Brasil em áreas como a agricultura, comércio, prestação de serviços e indústria. Muitos destes italianos empreendedores prosperaram em seus negócios, gerando riquezas e empregos no Brasil. Um dos exemplos mais conhecidos foi de Francesco Matarazzo e seus irmãos, que emigraram para o Brasil em 1881 e construíram em São Paulo um verdadeiro império industrial.
A diminuição da imigração italiana para o Brasil
No começo do século XX, começou chegar à Itália, notícias das péssimas condições de trabalho e moradia de famílias italianas residentes no Brasil. Essas informações foram divulgadas pela imprensa, fazendo com que diminuísse drasticamente a vinda de italianos para o Brasil. Outro fato que influenciou essa queda na imigração, foi o controle feito pelo governo de Benito Mussolini sobre a imigração no final da década de 1920.
A cultura italiana no Brasil
Os italianos que vieram viver no Brasil trouxeram na bagagem muitas características culturais que foram incorporadas à cultura brasileira, estando presentes até os dias de hoje. Muitas palavras italianas foram, com o tempo, fazendo parte do vocabulário português do Brasil. No campo da culinária esta influência foi marcante, principalmente, nas massas (macarronada, nhoque, canelone, ravióli, etc.), molhos e pizzas. Os italianos também ajudaram a fortalecer o catolicismo no país.
Você sabia?
- Comemora-se em 21 e fevereiro o Dia Nacional do Imigrante Italiano.
- De acordo com dados estimados da Embaixada da Itália no Brasil, vivem no país cerca de 25 milhões de descendentes de italianos, sendo grande parte concentrada nas regiões sul e sudeste.
- Entre os séculos XIX e XX, cerca de 1,5 milhão de imigrantes italianos vieram residir no Brasil.
140 Anos da Imigração Italiana para o RS.
O Estado do Rio Grande do Sul recebeu a primeira leva de imigrantes italianos a chegar ao Brasil. Os primeiros imigrantes desembarcaram em 1875, para substituírem os colonos alemães que, a cada ano, chegavam em menor quantidade. Os colonos italianos foram atraídos para a região para trabalharem como pequenos agricultores e lhes foram reservadas terras selvagens na encosta da Serra Gaúcha.
Na região foram criadas as primeiras três colônias italianas: Conde D’Eu, Dona Isabel e Campo dos Bugres, atualmente as cidades de Garibaldi, Bento Gonçalves e Caxias do Sul, respectivamente. Com o tempo, os italianos passaram a subir as serras e a colonizá-las. Com o esgotamento de terras na região, esses colonos passaram a migrar para várias regiões do Rio Grande. A base da economia na região italiana do Rio Grande foi, e continua a ser, a vinicultura.
No centro do estado foi criada a Quarta Colônia de Imigração Italiana, o primeiro reduto de italianos fora da Serra Gaúcha e que originou municípios como Silveira Martins, Ivorá, Nova Palma, Faxinal do Soturno, Dona Francisca e São João do Polêsine. Nesse último, está a localidade de Vale Vêneto, nome dado para fazer homenagem a tal região italiana.
Outras colônias italianas foram criadas e deram origens a cidades como Caxias do Sul, Farroupilha, Bento Gonçalves, Garibaldi, Flores da Cunha, Antônio Prado, Veranópolis, Nova Prata, Encantado, Nova Bréscia, Coqueiro Baixo, Guaporé, Lagoa Vermelha, Soledade, Sananduva, Cruz Alta, Jaguari, Santiago, São Sepé, Caçapava do Sul e Cachoeira do Sul. Essas são as principais colônias italianas do estado. Estima-se que imigraram para o Rio Grande 100 mil italianos, entre 1875 e 1910. Em 1900, já viviam no estado 300 mil italianos e descendentes. A língua italiana também é de ensino obrigatório nas escolas de Antônio Prado.
Italiano em Estrela-RS:
Há 140 anos, o Brasil recebia os primeiros imigrantes italianos. No Rio Grande do Sul, eles encontraram morros cobertos de florestas e nenhuma infraestrutura. Mesmo assim transformaram a região numa das mais ricas do país.
Quando chegaram aqui, os imigrantes usaram o que estava ao redor para construir abrigo. Assim, surgiram casas de madeira, que jamais receberam pintura. E as de pedras cuidadosamente encaixadas com a força das mãos.
Descendente de imigrantes italianos, Sr. Lucio Tales Bellini, reside em Estrela-RS com sua família desde 1981. Nasceu em Muçum em 25 de dezembro de 1943. Filho de André e Delésia Cavalli Bellini. Casado com a professora estrelense Sirlei Bellini. Pai de dois filhos: Darlã e Gisele.
Seus bisavós Isodoro e Tereza, nascidos em Bergamo - Covo, região norte da Itália chegaram ao Brasil em 4 de dezembro de 1890 e se dirigiram para região de Bento Gonçalves.
Lembra que seu pai Ângelo Bellini foi para região de Muçum onde trabalhou e criou sua família.
Sr. Lúcio trabalhou como auditor no Banrisul, época em que viajou muito por todo Estado, motivo pelo qual se mudou para Estrela, terra natal da esposa.
Se diz perfeitamente integrado à vida da comunidade estrelense, que em sua maioria é de descendência alemã. Membro da Società Italiana Fiori Dei Piani, participa do Grupo de Violeiros há 25 anos e canta no Coral. A esposa Sirlei é responsável pela biblioteca Mário Bassegio mantida pela società. Seu filho, Darlã Bellini, é secretário da Fazenda de Estrela e presidente da entidade italiana que preserva os costumes trazidos pelos imigrantes (gastronomia, dança, canto, traje típico e literatura).
Guarda com orgulho os documentos da família e está trabalhando na árvore genealógica da mesma. Afirmou: "Foi essa gente trabalhadora que transformou uma terra que só tinha mato e pedras em uma região próspera - nosso Rio Grande do Sul".
Imigração Italiana para Estrela-RS:
A imigração italiana espalhou-se pelo Vale do Taquari. Deixou suas marcas. Até mesmo em Estrela, cidade tipicamente alemã, sua presença foi significativa. Os cemitérios guardam nomes de descendência italiana. A história perpetua personagens como médicos, comerciantes, jornalistas, agricultores, ourives e farmacêutico.
A imigração italiana espalhou-se pelo Vale do Taquari. Deixou suas marcas. Até mesmo em Estrela, cidade tipicamente alemã, sua presença foi significativa. Os cemitérios guardam nomes de descendência italiana. A história perpetua personagens como médicos, comerciantes, jornalistas, agricultores, ourives e farmacêutico.
Conforme pesquisa do professor José Alfredo Schierholt, observando-se a Lista dos Eleitores de Estrela, em 1890, percebe-se que o “italiano” mais próximo de Estrela tinha uma casa de negócio no 9º quarteirão eleitoral: Giovani Muttinelli.
Mais adiante, no 10º quarteirão, estava Francisco Martini, lavrador. No 15º quarteirão, hoje Roca Sales, havia 9 eleitores “italianos”, dos quais os negociantes Cândido Giongo, os irmãos negociantes Domingos e Querino Tomazoni e Olímpio Cavagna. Este último, nascido lá por 1855, filho de Inocente Cavagna, foi o primeiro “gringo” a ingressar na política. Foi eleito conselheiro municipal, em 17-9-1896. Renunciou com todos os colegas, em 27-10-1897. Reassumiu como suplente, em 1902 e foi reeleito, em 1904.
Só no 15º quarteirão, já em Roca Sales havia os eleitores Pascoal Bertoldi, Benjamin Bertoldi, Francisco Bertoldi, Romano Bertoldi, Ricieri Maglia, José Brock, José Stengheli e Cézari Pessine (deve ser Piccinini).
Entre os pioneiros de Arroio da Seca foi João Batista Tonini. Veio da Itália, onde nasceu em 1823. Foi um dos sete primeiros moradores que abriu a picada ao longo do Arroio da Seca, no sentido oeste-leste, ou seja, da confluência do rio Taquari rumo às nascentes.
Marcante foi a vinda de um pequeno grupo de intelectuais italianos para a vila de Estrela, em 1912. Os irmãos Giovani, como médico, e Augusto Campelli, como farmacêutico, compraram a Clínica e Escola de Parteira de Dr. Gabriel Schlatter. Reformaram o sobrado e nele montaram uma nova clínica cirúrgica, tendo como assistente Dr. Guido Nastruci.
Chegou a vir o cônsul italiano para a festa da inauguração. Sobrou dinheiro para Dr. Giovani Campelli entrar como sócio, com cinco contos de réis, numa empresa que, depois, foi a origem da fábrica de cerveja Polar.
Chegou a vir o cônsul italiano para a festa da inauguração. Sobrou dinheiro para Dr. Giovani Campelli entrar como sócio, com cinco contos de réis, numa empresa que, depois, foi a origem da fábrica de cerveja Polar.
Na listagem de comissários seccionais, nomeados em 1913 pelo intendente Manuel Ribeiro Pontes Filho, constam alguns sobrenomes que parecem indicar a procedência italiana: No 1º distrito de Estrela: Francisco Cornelli. Em Novo Paraíso: Alberto Primmi.
Na vila de Estrela, Paulo Bergamaschi foi funcionário no Banco Pelotense. Era jornalista, assumindo interinamente o jornal local, conforme "O Paladino", de 12-2-1922. Residia também em Estrela Orestes Lúcio Bergamaschi, um dos líderes e o primeiro presidente da Associação Comercial e Industrial de Estrela e que se casou com Íris Ruschel.
No bairro Oriental, um dos pioneiros imigrantes italianos foi Ectorino Fiorini, falecido em 1936, pai de Adolfo, Albino, João e quatro filhas, todas casadas com membros de famílias de origem germânica.
Na rua Fernando Abbott, em Estrela, Albino Tirelli, sucessor de Antônio Renz, estava estabelecido com Ourivesaria e Relojoaria – completo sortimento em jóias – Nesta oficina conserta-se todo e qualquer artigo deste ramo - cf O Paladino, de 2-10-1921.
Percorrendo o Cemitério católico de Estrela, pode-se perceber os sobrenomes, como : Agostini, Angeli,, Bagatini, Balestro, Banassina, Barbieri, Bassegio, Benini, Betti, Biolin, Butignol, Carara, Caumo, Chrestani, Cofferri, Comin, Dacota, Dalagnol, Dalmoro, Dalpian, Dartora, Delai, Ferrari, Ferraza, Fiorine, Fontanella, Ghislene, Ghilardi, Giacomeli, Grassi, Guaragni, Gheno, Manfredini, Martini, , Mezacasa, Moriggi, Muraro, Mussulini, Nicolini, Paladini, Pedralli, Pellegrini,Piccinini, Possamai,Preto,Quartieri,Rigatti, Serruoti, Sfoglia, Sicorra, Simeoni ou Simioni, Taiani, Tibiti, Turatti, Turella, Walari,, Zambito, Zanella e Zeni. Mesmo no cemitério evangélico há os sobrenomes de Bartholdi, Conte e Fiorini.
Também na vida política, econômica e social é marcante a presença da etnia italiana, como Agnoletto, Agostini, Albarello, Antoniolli, Baesso, Balestro, Bagatini, Bagestan, Balbinot, Barbieri, Bassegio, Bastian, Bazanella, Belini, Belmonte, Benini, Berté, Berti, Berticelli, Betti, Bianchini, Biguelini, Bochi, Bortolini, , Bortolotto, Bottoni, Bezetti, Brancher, Bresolin, Busato, Calsa, Cantu, Cappelatti, Carbone, Casagrande, Castoldi & Cherini, Ceratti, Cherini, Chesini, Chiarelli, Chiesa, Cicceri, Coferri, Colpo, Consi, Constantin, Conte, Corbellini, Cover e Ponzoni, Dadall, Dall Prá, Dalcomo, Dall Orsoletta, Dalpian, Daltoé, Dartora, Daroit, Degasperi, Delai, Deitos, Delazeri, Demarchi, Destesani, Donato, Facini, Ferrari, Ferrazza, Ferri, Fiorini, Fontanella, Fontanive, Foppa, Fornari, Fracaro, Franceschi, Frozza, Fumegalli, Fungheto, Gandini, Garbin, Genezzini, Gerelli, Gheno, Giongo, Giovanella, Girardi, Gottardi, Grando Granetto, Grassi, Guaragni, Guglielmini, Guindani, Guzzo, Guzzon, Laste, Lizot, Locatelli, Longhi, Lovato, Lucietto, Lussani, Mafissoni, Malfatti, Maluessi, Manfredini, Mânica, Mariani, Marin, Mantese, Martini, Masiero, Matiello, Mazzarollo, Meneghini, Mezacasa, Mezzomo, Miorando, Modesti, Molina, Morelli, Moretto, Moriggi, Muccillo, Negri, Nicolodi, Odorizi, Orighella, Orlandini, Orsolin, Paladini, Pastoriza, Pavanelo, Pavi, Pavoni, Pedotte, Pelegrine (i), Perin, Petrini, Petuco, Piccinini, Pivatto, Portella, Portolan, Possamai, Pozzebon, Pretto, Prilla, Pruvinelli, Pucinelli, Quartieri, Radaellli, Reginatto, Rigatti, Rissi, Ritta, Romagna, Rossetto, Sachini, Salvadori, Sbardelotto, Scalabrini, Schena, Seffrin, Sessi, Sesti, Sfoglia, Simeoni, Soldi, Spanholo, Tallini, Tonelli, Torriani, Turatti, Valandro, Vanzin, Vettorello, Zambiazi, Zanatta, Zancanaro, Zanella, Zanini, Zanluchi, Zuchetti e muitos outros.
Com a finalidade de pesquisar a história e genealogia das famílias da etnia itálica, bem como cultivar as tradições e a língua italiana, foi fundada a Società Italiana Fiori dei Piani, com sede em Estrela. Em 2000, os associados inauguraram a sede própria, em Santa Rita, estando na presidência Darlã Belini.
História Società Italiana Fiori dei Piani
Sentimentos comuns, a mesma origem e gostos semelhantes, de um grupo de descendentes de imigrantes italianos, que se encontravam informalmente, fizeram com que surgisse uma grande vontade de ampliar este convívio e reunir um maior número de "gringos" e simpatizantes.
Embora Estrela seja um município de colonização predominantemente germânica, aos poucos, vindos principalmente da região serrana - 1ª, 2ª e 3ª colônias italianas - há mais de 40 anos, constatou-se a presença de muitos descendentes de italianos em nossa cidade. Consta que alguns dos primeiros foram: João Crestani, Dionísio Benini, Domingos Guglielmini, Mario A. Bassegio, Nelson Ricci (Madona), Artêmio Fiorini, Ibenor Reginatto, Simeoni, Hugo Vanzin e muitos outros. Assim sendo, foi criada uma sociedade, para agregar o maior número possível de oriundos e simpatizantes. Nasceu então oficialmente em 04 de maio de l994 a SOCIETÀ ITALIANA FIORI DEI PIANI (Sociedade Italiana Flores das Planícies). O primeiro presidente da entidade foi Hermogenio Lizot (Hermes), seguindo-se Sérgio Manica, Paulo Berti, Olyr Moretto, Hermogenio Lizot, Paulo Degasperi , Vani Maria Bortoluzzi Madeira por 2 gestões e novamente Paulo Degasperi. Hoje o presidente é Darlã Bellini.
Em 1999, a Società adquiriu 1 e meio hectare de terras, localizadas em Santa Rita, na qual foi construída sua Sede Social e uma Pedana de Tiro ao prato e em 2008 um quiosque para 40 pessoas, espaço este que atrai dezenas de atiradores de toda a região, tendo sido reservados também espaços para outros esportes e atividades sociais e culturais, como uma biblioteca construída em estilo colonial italiano com livros, revistas, e dicionários em italiano ou em português que versam sobre a cultura e a história dos imigrantes italianos.
O pavilhão está dotado de toda infra-estrutura para atender refeições para mais de 300 pessoas. Em 2005 foi construído um Capitel em honra a Santa Lúcia, nos moldes dos antigos capitéis encontrados na colônia italiana.
Possui ainda grupos de Danças Folclóricas Italianas, que ensaia semanalmente para apresentações o ano todo, dentro e fora do município.
Conta também com o grupo de cantoria Grazie Imigranti, que revive canções típicas italianas em ensaios semanais e apresentações em diversos municípios da região. Foi responsável pelo programa "La Buona Musica Italiana", que era apresentado todas as terças-feiras pela Rádio Alto Taquari, AM 820, durante 4 anos. Divulga a língua italiana através de curso em parceria com a ACIRS (Associação Cultural Italiana do RGS), e Consulado da Itália.
Possui em torno de 195 sócios, entre descendentes e simpatizantes, que contribuem para que sejam revividas as tradições italianas, sejam elas, sociais, culturais, esportivas ou gastronômicas.
História do Coral
O grupo surgiu em 2004 da necessidade que um grupo de descendentes de italianos sentiu de reviver e perpetuar as tradições italianas. Sua característica principal é cantar músicas em Italiano, músicas folclóricas, populares e religiosas. Está vinculado à Società Italiana Fiori dei Piani de Estrela, que o mantém.
Começou com 12 componentes como Grupo de Cantoria e hoje transformado em Coral, conta com 21 cantores. Faz parte da Liga de Corais de Estrela.
Neste período realizou dezenas de apresentações em festivais de música italiana ou não, na cidade e região.
Hoje é coordenado por Shirley Barbieri e tem como maestro o professor Tiago Garcia.
Para agendar apresentações, basta ligar para Shirley Barbieri, telefone (51)81836102, ou com o secretário da Società Milton Ten Pass, telefone (51)91430853.
Histórico do Grupo de Danças
O Grupo de Danças Folclóricas Italianas da Società Italiana Fiori dei Piani de Estrela, foi criado no ano 2000 e fez sua primeira apresentação em setembro daquele ano por ocasião da inauguração da sede própria da Società, localizada na Linha Santa Rita, em Estrela.
Possuía 17 integrantes, que ensaiavam sob o comando do instrutor Daniel Dalmolin, o qual permaneceu até o ano de 2006.
No decorrer destes anos foram realizadas dezenas de apresentações em Estrela e nos municípios vizinhos. O grupo participou também de diversos Encontros Regionais, tenho sediado em 2005 o V Encontro Regional em Estrela, onde participaram 8 grupos.
Integrantes da Diretoria
Presidente: Darlã Bellini
Vice Presidente: Gustavo Reginatto
Primeira Secretária: Aline Possamai
Segunda Secretária: Marlete Baldissera
Primeiro Tesoureiro: Leonardo Lizot
Segundo Tesoureiro: Ricardo Mezzomo
Departamento Cultural
Dança: Rodrigo Caliari
Canto: Shirley Barbieri
Biblioteca: Lúcio Tales Bellini
Departamento Patrimonial. Esportes e Meio Ambiente
Responsável: Paulo Degasperi
Responsável: Hermogênio Lisot
Departamento de Caça e Tiro
Responsável: Edison Becker
Departamento Comunicação
Responsável: Rodrigo Mezzomo
Conselho Fiscal
Ângelo Roberto Balestro
Elemar Pedotte
Rafael Dambrós
Suplentes
Otomar Marcello Zanella
Renan Borelli
Fernando Potrich
Conselho Deliberativo
Ênio Bassegio
Mário Dambrós
Bruno Nicolai
Diego Possamai
Adilar Bottoni
Ademar Dadal
Luís Daniel Mussolini
Valdir Daltoé
Paulo Degasperi
Izaldo Carlos Morelli
Gilmar Gianesini
Rodrigo Mezzomo
Folclore: Mérica - Mérica:
Folclore: Mérica - Mérica:
Dalla Italia noi siamo partiti
Siamo partiti col nostro onore
Trentasei giorni di macchina e vapore,
e nella Merica noi siamo arriva'.
Merica, Merica, Merica,
cossa saràlo 'sta Merica?
Merica, Merica, Merica,
un bel mazzolino di fior.
E alla Merica noi siamo arrivati
no' abbiam trovato nè paglia e nè fieno
Abbiam dormito sul nudo terreno
come le bestie andiam riposar.
Merica, Merica, Merica,
cossa saràlo 'sta Merica?
Merica, Merica, Merica,
un bel mazzolino di fior.
E la Merica l'è lunga e l'è larga,
l'è circondata dai monti e dai piani,
e con la industria dei nostri italiani
abbiam formato paesi e città.
Merica, Merica, Merica,
cossa saràlo 'sta Merica?
Merica, Merica, Merica,
un bel mazzolino di fior.
Merica, Merica, Merica,
cossa saràlo 'sta Merica?
Merica, Merica, Merica,
un bel mazzolino di fior.
Gastronomia Italiana:
A culinária italiana possui uma um caráter tradicional e ao mesmo tempo muito variado. O país se situa numa região onde ocorreram intensas mudanças durante a história. É natural que sua gastronomia também mudassem constantemente. As comidas sofreram constantes transformações com o passar do tempo.
Antigamente, por volta do ano 500, o país ainda consistia em repúblicas separadas, e conseqüentemente, com uma gastronomia local. Isso ocorreu até o ano de 1800, quando esses costumes se chocaram e foram passados de geração para geração. A herança do povo italiano consiste em danças típicas, festas populares e as melhores receitas gastronômicas.
No século XX, os habitantes do sul introduziram a pizza, enquanto os do norte colaboraram com o risoto e polenta.
O regionalismo e as diversidades locais ainda são o orgulho da gastronomia da Itália.
Alimentos tradicionais
Antes da mistura desses ingredientes, era possível classificar a culinária pelo tipo de gordura utilizado na preparação dos pratos. O norte do país usava a manteiga, o centro, a gordura de porco, e o sul o azeite de oliva.
Embora o país seja popularmente conhecido por seus molhos e massas (incluindo a pizza e o macarrão), os pratos básicos do país foram o arroz e a polenta. Foi no final do século 20, precisamente nas duas ultimas décadas, que o país adotou a Pizza, o macarrão e o molho de tomate como pratos típicos nacionais (antes esses alimentos eram consumidos apenas no sul).
Orégano, manjericão, salsa, alecrim e sálvia são os principais temperos. O queijo é um alimento muito apreciado no país, existindo mais de 400 tipos produzidos lá. O presunto também é muito apreciado, sendo produzido originalmente em Parma (terra também do queijo parmesão). Esses alimentos já bastam para nós sabermos por que a Pizza deu certo na região, já que sua história remete ao Egito antigo.
Quem mora na Itália aprecia o antipasto (um aperitivo baseado em carnes frias), um prato de massa ou arroz (dependendo da região), como o risoto, uma carne principal ou prato de peixe, uma salada e queijo e frutas. O almoço (ou il pranza, la seconda colazione) é geralmente consumido entre meio dia e duas horas da tarde.
O vinho e o pão estão sempre acompanhados das refeições principais. Até mesmo as crianças saboreiam a bebida. Além dessas refeições, as pessoas fazem lanche duas vezes ao dia. O Spuntini é feito no meio da manhã, e o Merende no meio da tarde. Esses lanches se tornaram populares logo após a Segunda Guerra Mundial.
Pratos típicos
AgnellinoO leitão assado é consumido em festas de santo, e o Agnellino (assado de cordeiro bebê) é preparado na páscoa, que é servido com alcachofras assadas. Os doces e sobremesas variam de local para local.
Lasagna
Um dos pratos italianos mais conhecidos dos brasileiros surgiu em Nápoles, possivelmente. Não se sabe exatamente quando o parto surgiu, mas muitos afirmam que é um das massas mais antigas da história. Consistem em massas finas, do tipo do macarrão, interpostas com molho e outros ingredientes, como carne, queijo e presunto.
Pizza de Napol
Um prato que já é um simbolo não só da região de Nápole, mas de todo país. Foi criada, em 1889, pelo chefe Taffaello Esposito. Ele concebeu a pizza em homenagem à rainha italiana, que visitava a região após a recém unificação do país. A pizza leva as cores da bandeira italiana, o vermelho do tomate, o verde do manjericão, e o branco do queijo.
Ravioli
Outro prato conhecido e apreciado no Brasil, principalmente nas regiões sul e sudeste, onde imigrantes italianos escolheram viver. Trata-se de pequenos pasteizinhos recheados e cozidos. A massa é preparada com ovos e trigo, e o recheio pode ser de vários sabores: carne, queijo, peixes e vegetais. Também há´uma versão maior, que leva uma gema de ovo inteira.
Spaghetti
Outra comida típica conhecida no mundo todo. Spaghetti significa algo como "barbantinho", devido ao formato da massa. É comido com molhos de diversos sabores, como bechamel, quatro queijos e ragu. É um dos pratos mais consumidos no país. Diz-se que cada italiano come 30 quilogramas anuais de massa. Para se ter uma ideia, o brasileiro consome apenas 5,7 quilogramas.
Strudel
O Strudel é uma comida típica italiana da região do Tirol no norte do país. As receitas de sobremesa no sul são mais elaboradas, levando no preparo ingredientes como azeite de oliva (em vez de manteiga), os lotes deovos, frutas cristalizadas e mel.
Struffoli
O struffoli é muito popular, uma espécie de doce natalino que consiste em cubos frito de massa de ovos coberto com mel e polvilhados com açúcar colorido. O struffoli é uma especiaria de Nápoles.
Zelten
Uma receita muito consumida é o bolo Zelten (semelhante ao panetone), que é preenchido com passas, tâmaras, figos, amêndoas, pinhões, casca de laranja, rum e canela. Essa receita é feita dias antes do Natal, já que segundo a tradição, o sabor melhora com o passar dos dias.
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