OCVAT - ORQUESTRA DE CONCERTOS VALE DO TAQUARI - MUSICAL... IDADE XIV



MUSICAL...IDADE XIV 
Vera Maria Bencke 

Os Concertos do ano, previstos com antecedência, eram sempre os do aniversário do Município de Estrela, em maio, do aniversário da OCVAT, em agosto, e os Grandes Concertos de Natal. Os demais dependiam de acerto de data e disponibilidade dos músicos, que, em sua maioria, tinham o seu trabalho e horário a cumprir. Mas, em setembro de 1994, tivemos o aniversário de 25 anos da CDL de Estrela. O presidente era Luiz Roque Schwertner que nos contratou para um Concerto em comemoração à data. O referido Concerto teve lugar na SOGES. 

Foi gravado, em baixo relevo, o nome da OCVAT e número seqüencial em todos 

os microfones de propriedade da Orquestra. Este trabalho foi executado, gratuitamente, pela Relojoaria Musskopf, de Estrela. Mesmo assim, após um certo Concerto, enquanto guardávamos o equipamento, conferindo-o, constatamos a falta de um microfone. 

A pedido do maestro foi necessário mandar confeccionar mais uma estante de madeira que serviria para reger e também para controlar o som que seria colocado nessa mesma estante. O projeto foi feito pelo próprio maestro. Lamentavelmente ele a usou pouco, pois pediu demissão em 1995. 

Nem tudo era música, festa ou brincadeira. Em dia de apresentação tínhamos muito que fazer até chegar ao local do Concerto. Toda a nossa parafernália tinha que ser devidamente acondicionada e carregada no ônibus, depois montada e vice versa. Para ajudar nessa tarefa, nem sempre podíamos contar com todos. Mas, com dois jovens foi possível contar sempre, eram o Rainer Scheinpflug e o Miguel Costa. O que tinham de altura também o tinham em boa vontade. Não era fácil na volta das apresentações, muitas vezes de longe e muito tarde, quando tudo tinha que ser descarregado e guardado ainda naquela hora em que chegávamos. Os que desembarcavam por último levavam a pior, pois tinham que ajudar a descarregar. Nós sempre ficávamos para o fim da linha para ver se todos os “baixinhos” chegavam bem em casa. Na ida era sempre aquela animação. Na volta, a maioria vinha dormindo no ônibus. Eu ? Vinha pensando nos nossos três uniformes que teria que deixar em ordem novamente para o próximo Concerto. Às vezes isto acontecia logo em seguida. Mas, aí, eu lembrava daquela nossa velha frase, que sempre nos animava nos momentos em que tínhamos que engolir sapos, ou então, fazer uma sopinha de desaforos : wir wollen es ja so! (Nós o queremos assim). Pensava em alemão para ninguém ouvir!!!        (continua)

Documento do Acervo do Memorial da Aepan-ONG

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